sexta-feira, 24 de agosto de 2012

COMUNICAR SUSTENTABILIDADE


Começo dizendo que falar ou comunicar sobre sustentabilidade é uma coisa que hoje está se tornando banal, qualquer um o faz e, por muitas vezes sem crédito nenhum. Por isso, para não fazer parte desse grupo, fundamento o que escrevo com uma lista da agência inglesa Futerra, que encontrei na revista “Atitude Sustentável”. A agência fala de 10 dicas para comunicar sustentabilidade e quero comentar algumas delas que combinam muito com a juventude de hoje. Visão do todo(1) – Estar informado é a melhor maneira de conhecermos e termos atitudes mais sustentáveis, preciso perceber que minhas atitudes não influenciam somente sobre mim, mas sobre todos os que convivem comigo; Tecnicamente correto(2) – A juventude é a grande massa consumidora, então, procure consumir produtos de empresas que comprovem sua responsabilidade social e ambiental; Faça parte(4), minhas atitudes podem ser pequenas, mas são fundamentais e, o mais importante, você pode ser exemplo(7), para sua família, amigos, colegas; As histórias funcionam(5) – Propague e divulgue o que você conhece e que ajuda a natureza e é sustentável; Otimismo(6) – O diagnóstico não está muito favorável mas precisamos pensar e agir positivamente, toda grande história começa assim.
O legal é que são dicas que todos nós podemos fazer, que tal começar fazendo o “teste de sua pegada”, esse teste revela, talvez de maneira um pouco fictícia, qual o impacto de suas atitudes sobre o planeta. Eu já fiz e mudei algumas de minhas atitudes. O endereço é: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/calculadora/

terça-feira, 13 de março de 2012

domingo, 30 de agosto de 2009

OPINIÃO POLÍTICA? TESTE A SUA!!!


Este é um teste, estilo "quiz", para você testar sua opinião política que curiosamente tem o nome de "POLITICOMÊTRO". Ele foi elaborado pela revista Veja e são 20 perguntas sobre temas do contexto brasileiro, que vão da opinião sobre as ações do MST e o direito à greve até outros mais sensíveis, como liberação de drogas, aborto, porte de armas e censura. O resultado avalia se o cidadão é mais ou menos liberal nas suas opiniões sobre restrição às liberdades individuais e o controle do Estado sobre a economia. Faça o teste e descubra qual é a sua opinião, afinal de contas, todos somos políticos e precisamos estar cientes disso, pois somos responsáveis pelas nossas escolhas.


Clique aqui para acessar o site da Veja e fazer seu politicomêtro

DEPOIS DO TESTE NÃO ESQUEÇA DE COMENTAR. VALEU!!!

sábado, 22 de agosto de 2009

A CIDADANIA ESTÁ À UM "CLIK"

A CIDADANIA, muito mais do que teoria é prática, pois são as atitudes que fazem a diferença.
Aqui está uma oportunidade de você também participar fazendo a diferença, basta um "CLIK" para exercer sua cidadania.
O site "Click to Give@ - The Hunger Site" foi fundado com foco no poder da internet numa específica necessidade humanitária, a erradicação da fome mundial. Desde que foi lançado em Junho de 1999, o site foi estabelecido como um lider no ativismo mundial, ajudando a nutrir os famintos do mundo. Até hoje, mais de 220 milhões de visitantes tem dado mais de 300 milhões de caixas de alimentos. E após todo esse sucesso o "The Hunger Site" foi além das expectativas e lançou mais cinco campanhas, tornando-se um maravilhoso exemplo de Cidadania.
Através de um simples "clik", gastando menos de 5 minutos de nosso tempo, os patrocinadores desses sites farão uma contribuição em nosso nome.
"Clik" na imagem correspondente à campanha da sua escolha (preferencialmente em todas) e participe!



The Hunger Site * Free Food - Pela luta contra a fome. Os cliques financiam a compra de alimentos para os necessitados.


The Breast Cancer Site - Pela saúde das mulheres.
Os cliques financiam mamografias gratuitas.


The Child Health Site - Pela saúde das crianças. Os cliques financiam cuidados de saúde a crianças desfavorecidas.


The Literacy Site - Pela educação. Os cliques financiam a compra de livros para crianças.

The Rainforest Site - Pela preservação da Natureza. Os cliques financiam a protecção da floresta tropical


The Animal Rescue Site - Pela proteção dos animais. Os cliques pagam comida para animais famintos.


Participe desta Ação de CIDADANIA. Quanto mais cliques forem recebidos, mais ajuda receberão os que precisam. Faça esse pedido também à seus amigos, familiares e conhecidos.

"Exercer a cidadania é, acima de tudo, buscar uma sociedade melhor para todos, a fim e que exista mais liberdade, justiça e solidariedade. Você pode ser mais cidadão."

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

NOVIDADES NO AR!!!!


A partir de agora, dois novos espaços estão disponíveis no CLIK CIDADANA:

"Clik Vídeos": Onde você pode conferir alguns vídeos interessantes e muito legais que trazem uma mensagem muito bacana de cidadania;

"Clik Filmes": Espaço onde coloco algumas sugestões de filmes, que além de muito bons, tratam de temas relacionados ao cotidiano da juventude e nos inspiram para a construção de valores cidadãos.

Aproveitem...

sábado, 15 de agosto de 2009

Gestão Escolar e o exercício da ciadania... - Considerações Finais e Referências

4. Considerações finais

O cenário político, econômico e histórico respalda a construção de sujeitos, de certa forma, distantes de um conceito de Cidadania, fundamentado na conquista de direitos e deveres; na participação social; na autonomia; na responsabilidade pela coletividade. Logicamente, não se pode esquecer que houveram momentos marcados, significativamente, pela organização popular e pela disseminação de opiniões divergentes à postura dos grupos opressores. No entanto, os trâmites do sistema capitalista nunca deixaram de zelar pela construção de ideologias, legitimadoras de seu poder e, desta forma, responsáveis pela fortificação de uma sociedade inerte, passiva, incapaz de contestar.
Neste sentido, o estudo realizado permitiu a construção de vários indicadores que nos conduzem para o já comentado “déficit de cidadania”. Se, nos mais diversos momentos históricos e, inclusive, em diversos contextos da atualidade, os sujeitos defrontaram-se ou defrontam-se com a “timidez de atitude” por consideram-se pouco instruídos, podemos perceber que tal timidez não é própria desta condição, no entanto, acomete também sujeitos mais instruídos: os jovens que já se encontram no ensino médio, por exemplo.
Deve-se considerar que os jovens pesquisados, em sua maioria, possuem “bons acessos” e são proprietários de um conhecimento significativo. O estudo deu a perceber que eles já estão dotados de uma certa noção acerca de categorias básicas que compõe o conceito de Cidadania, tais como direitos, deveres, participação social e política, no entanto, foi verificada a existência de deficiências quanto à sua postura pessoal diante das mais diversas questões que envolvem o contexto social. Dificilmente, eles se colocam como protagonistas da realidade; como sujeitos autônomos, com capacidade para organização e mobilização. Na maioria das ocasiões, “terceirizam a cidadania”, responsabilizando o Estado, o “outro” pelas transformações, ou apóiam-se em opiniões já construídas, com base em interesses de grupos específicos e/ou dominantes. Em decorrência disso, também encontram dificuldades na identificação de deficiências no seu processo de formação e participação na vida social.
A partir da análise do projeto de vida de parte dos sujeitos da pesquisa, que parcialmente o definiram, percebemos sua preocupação com a formação, com o futuro profissional e pessoal, no entanto, não foram detectadas perspectivas em relação à coletividade. Suas “vontades” centraram-se num sucesso individual, que, logicamente, não pode ser desmerecido, mas que revela indícios de fortalecimento de preceitos disseminados pelo sistema, baseados na competição; na superficialidade; na imediaticidade.
Também se deve considerar que os jovens, quando indagados acerca das soluções que apontam para melhorar seu contexto pessoal e social, revelaram, ora, uma necessidade pessoal de posicionarem-se e de agirem em prol ao desenvolvimento de relações sociais de cooperação; ora, revelaram um certo desânimo diante das problemáticas que assolam a sociedade, ou mesmo, colocaram-se como “pequenos” diante das situações. Tal sentimento de incapacidade, já vem sendo percebido, ao longo da história, nos mais diversos segmentos e tem sido responsável pela construção de uma sociedade acomodada e pouco ativa.
De forma geral, consideramos que este estudo poderia ter recebido uma amplitude maior, mas foi envolvido por algumas limitações. Também se deve ressaltar que, apesar de a aplicação dos questionários ter sido tranqüila, percebemos um tratamento um tanto indiferente por parte dos jovens alunos, visto que foram entregues 36 questionários e destes, apenas 24 foram respondidos e entregues.
Apesar do surgimento de tais limitações e diante da constatação de que alguns aspectos e elementos acerca do exercício da Cidadania ainda são pouco conhecidos e/ou reconhecidos pela população pesquisada, observa-se a necessidade de uma discussão ampliada a respeito dentro das escolas públicas já que se constituem como local primordial de construção da cidadania.
A reflexão, por parte das escolas em geral, acerca dos conteúdos trabalhados em sala de aula é de suma importância. É essencial, no entanto, que se reflita até que ponto os conteúdos que são contemplados no processo de aprendizagem informam e educam para o exercício da Cidadania. Em alguns casos, a preocupação central dos docentes limita-se a uma execução fiel do plano de ensino. Esses acabam por deixar de lado a reflexão acerca de seu posicionamento dentro da escola; acerca da importância de não somente ensinar o aluno a competir, mas também de ensinar ao aluno que ele vive dentro de uma sociedade onde as pessoas não são tratadas de forma igual, mas deveriam ser; onde as pessoas não possuem o mesmo poder aquisitivo, mas deveriam possuir; onde a maioria das pessoas não participa ativamente, não se posiciona, não pensa na coletividade, mas deveria assim o fazer.
A Escola é somente uma das inúmeras fontes de conhecimento a que os jovens têm acesso, mas pode fazer a diferença, pois possui o poder de, por meio do contato cotidiano dos docentes com os alunos, capacitar não para a “pobreza política” e para a acomodação, mas para a autonomia de pensamento e para a “participação social”, esclarecendo, inclusive, que a indiferença é um dos elementos que impede os sujeitos de fazerem a “diferença” no espaço em que vivem.
Do ponto de vista docente, para que a escola possa realmente ser um lugar de educação para a cidadania se faz necessário algumas mudanças no que se refere à formação de professores. Para se criar uma escola capaz de desenvolver uma autonomia dos saberes, a democracia e a capacidade dos alunos em construir e defender um ponto de vista pessoal numa ação coletiva em que a escola se insere é preciso dar condições de trabalho dignas aos professores, o que compreende sua valorização como profissional; apoio de outros segmentos da sociedade, de modo especial a família; uma formação adequada; entre outros.
Percebemos, enfim, que a necessidade de um trabalho que traga reflexões acerca do exercício da cidadania na vida dos jovens, abre um campo de pesquisa infindável para diversas outras pesquisas e estudos que visam pensar programas que possam garantir o desenvolvimento dos indivíduos de forma integral.

"Para qualquer esclarecimento ou dúvidas possíveis, quero deixar aqui afirmado que, as referências abaixo listadas, foram tomadas como base para a realização de todo o TCC, postado aqui neste Blog em 4 partes."



REFERÊNCIAS


ALVAREZ, Marcos César. Cidadania e direitos num mundo globalizado, Perspectivas, São Paulo, n. 22, p. 60-78, 1999.

BALEEIRO, Maria Clarice; SERRÃO, Margarida. Aprendendo a ser e a conviver. São Paulo: FTD, 1999. 382 p.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
http://www.unifesp.br/reitoria/reforma/ldb.pdf

BRASIL.
Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituiçao.htm

CORRÊA, Darcísio. A construção da cidadania: reflexões histórico-políticas. 4. ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2006.

COUTINHO, Carlos Nelson. Cidadania e modernidade, Perspectivas, São Paulo, n. 22, p. 41-59, 1999.

COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania? São Paulo: Brasiliense, 1991. 78 p. (Primeiros Passos).

DAGNINO, Evelina (org.). Anos 90: política e sociedade no Brasil. São Paulo: Brasiliense,1994. 172 p.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 9ª edição, São Paulo: Cortez Editora; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2004. 288p.

DEMO, Pedro. A Educação do Futuro e o Futuro da Educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. 191p.

DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 13ª edição, Editora Vozes, Petrópolis, 2004. 272p.

DEMO, Pedro. Política Social, Educação e Cidadania. São Paulo: Papirus, 1996. 124 p.

JACOBI, Pedro. Políticas sociais e ampliação da cidadania. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2002. 152 p.

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. Em Aberto, Brasília, V 17, n. 72p. 11-33, fev/jun 2000.

PERRENOUD, Philipe. As competências para Ensinar no Século XXI. A formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002, 176 p.

PERRENOUD, Philipe. Escola e Cidadania: O papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre: Artmed, 2005, 184 p.

TONET, Ivo. Cidadania ou emancipação humana. Espaço Acadêmico. Nº 44 – Janeiro de 2005. Disponível em:
www.espacoacademico.com.br. Acesso em: 15 nov. 2007.
VAIDERGORN, José (org.). O direito a ter direitos. Campinas: Autores associados, 2000 (Polêmicas do nosso tempo).

Gestão Escolar e o exercício da cidadania... - 3ª Parte

3. A CIDADANIA presente na faixa etária juvenil: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A adolescência/juventude é uma fase de grande relevância social que se caracteriza por um afloramento maior das ditas emoções, as quais marcam o surgimento de inúmeras contestações e questionamentos. O jovem percebe falhas nas concepções e definições construídas pelos pais e caminha rumo a construção de valores próprios, o que lhes propiciarão ver o mundo por uma outra ótica. Tal fato, por sua vez, possui muitos condicionamentos, que se referem, por sua vez, à consistência dos valores repassados pela família e ao poder de sedução dos valores que possuem como contrapartida outras fontes.
O processo de construção da identidade exige a tomada de consciência de capacidades e habilidades adquiridas, tais como de sentimentos e anseios vivenciados. Os questionamentos confrontam-se linearmente com a família, o grupo, a cultura e a sociedade e devem ampliar a autopercepção acerca da identificação de necessidades e limites, valores pessoais, dificuldades e potencialidades, alem de favorecer iniciativas relativas à vida pessoal.
Diante da descoberta da própria identidade é de suma importância que o jovem considere também a importância de descobrir-se como ser que não vive somente para si, mas que inclui sentido em sua vida a partir da vivência com os outros indivíduos que compõe a sociedade, ou seja, torna-se relevante a adoção de comportamentos que englobem uma prática cidadã.
Deve-se considerar, no entanto, que a história de todo ser humano tem início muito antes de seu nascimento, recebendo influências diretas e indiretas do contexto físico e social que a acolhe. No decorrer de seu desenvolvimento, várias fontes atuam no repasse de informações e valores que, construindo um processo amplo e abrangente, define padrões de pensamento e atitudes. A práxis vai sendo remodelada de acordo com as relações que são estabelecidas e cultivadas dentro de um meio previamente determinado.
Durante a nossa vida podemos afirmar que temos dois nascimentos fundamentais: o primeiro é o nascimento para o mundo, para a família, para a espécie, chamado de “nascimento real” e, o segundo, é o nascimento para nós mesmos e para a sociedade, que ocorre na adolescência. No período da infância a criança está muito vinculada aos pais, são eles que pensam, desejam, idealizam e escolhem a vida da criança. Já a adolescência/juventude é uma fase que se caracteriza por um afloramento maior das emoções, as quais marcam o surgimento de inúmeras contestações e questionamentos, onde o desenvolvimento natural lhe comunica sua independência, a qual é encarada de forma condizente a preparação recebida até então.
O adolescente/jovem não aceita mais o que os outros determinam para a sua vida, percebe falhas nas concepções e definições construídas pelos pais e caminha rumo a construção de valores próprios, o que lhes propiciarão ver o mundo de uma outra forma. É um momento de descoberta de si mesmo, de seus desejos e projetos. Tal fato, por sua vez, possui muitos condicionamentos, que se referem, por sua vez, à consistência dos valores repassados pela família e ao poder de sedução dos valores que possuem como contrapartida outras fontes.
O processo de construção da identidade exige a tomada de consciência de capacidades e habilidades adquiridas, tais como de sentimentos e anseios vivenciados. Os questionamentos confrontam-se linearmente com a família, o grupo, a cultura e a sociedade e devem ampliar a autopercepção acerca da identificação de necessidades e limites, valores pessoais, dificuldades e potencialidades, alem de favorecer iniciativas relativas à vida pessoal.
Diante da descoberta da própria identidade é de suma importância que o jovem considere também a importância de descobrir-se como ser que não vive somente para si, mas que inclui sentido em sua vida a partir da vivência com os outros indivíduos que compõe a sociedade, ou seja, torna-se relevante a adoção de comportamentos que englobem uma prática cidadã.
Desta forma, se na infância a existência da criança possuía ligação direta ao projeto dos pais, na adolescência/juventude tal ligação é vista como empecilho para a concretização de ideais e anseios decididamente pessoais. Naturalmente, deve surgir uma vontade relevante na definição de objetivos e metas individuais. A definição de tais objetivos e metas acontece com autonomia e liberdade se as devidas condições lhe forem oferecidas. Se o individuo for induzido a decidir a partir de opiniões alheias, dificilmente alcançará um nível positivo de realização. Devido ao menor contato com aspectos relevantes da vida humana, condizente a fase das descobertas, os ideais de vida vão sendo reformulados conforme nível de maturidade conquistado. À definição de tais metas e objetivos dá-se o nome de “Projeto de vida”.
O projeto de vida consiste, portanto, na elaboração de diretrizes básicas que definirão os rumos que serão perseguidos por determinado indivíduo, dentro de um determinado período de tempo, sendo que, sua construção não pode ser feita por outrem, já que as coordenadas de tal projeto devem ser elaboradas a partir de valores estritamente pessoais para que se obtenha como fim último e não permanente a realização. Pelo fato de os seres humanos viverem em sociedade, obviamente são influenciados pelo contexto no qual estão inseridos; constroem perspectivas e adotam interesses a partir de padrões pré-estabelecidos. O que, por vezes, não permite que tais indivíduos possam construir-se de forma integral e liberta de ideologias.
Os seres humanos são dotados de inúmeras vontades e anseios. No entanto, nunca poderão realizar tudo o que é caracterizado como vontade. Primeiro porque ninguém dispõe de um tempo ligeiramente suficiente para tal feito; e segundo, porque muitas das vontades não estão inseridas em ambientes sociais, financeiros, ou mesmo, culturais permissíveis. As escolhas realizadas, por sua vez, são responsáveis pela concretização de um determinado futuro, regido por vários acontecimentos, sendo que, ao mesmo tempo, estas mesmas escolhas são responsáveis pela não concretização de outros “futuros”, que aconteceriam se várias outras opções não fossem descartadas. A interligação e a seqüência das escolhas define se um projeto de vida será bem sucedido ou não.
O projeto sempre é construído a partir da visão das próprias capacidades e aptidões. Vivencias anteriores e relações que foram estabelecidas são fortes determinantes em todas as decisões. No processo de construção do projeto de vida, o jovem ainda sente a necessidade de preenchimento de alguns espaços de sua identidade, decorrentes dos limites encontrados na aquisição de respostas de importância indiscutível.
A “memória social” de cada indivíduo torna-se a responsável pela forma como a vida é interpretada e nela revela-se a construção de valores e regras socialmente elaboradas e adquiridas, que determinam comportamentos variados entre os indivíduos perante os mais diversos acontecimentos que fazem parte do seu ciclo vital. A partir dos conceitos formulados, os fatos, as pessoas, as formas de pensar de outrem são aceitas ou repudiadas, são julgadas como boas ou más. Tais conceitos concentram grande poder sobre o comportamento e as decisões dos indivíduos diante de si mesmos e da coletividade.
Quando a construção do projeto de vida englobar, além de interesses meramente individuais, metas que abranjam segmentos coletivos, pode-se perceber atitudes voltadas ao exercício da cidadania. As metas elaboradas devem explicitar determinado entendimento acerca da existência de direitos e deveres e da responsabilidade perante a constituição dos mesmos.

3.1 Os jovens e a construção de um projeto de vida que englobe preceitos de cidadania

A pesquisa pretendia abranger 36 alunos de 06 escolas públicas da cidade de Chapecó, estado de Santa Catarina, mas no momento em que foram recolhidos os questionários, foram recebidos somente 24 dos 36 que foram entregues aos alunos, portanto, a população pesquisada compreendeu 24 jovens estudantes de1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio de 06 escolas da rede pública de ensino, todas sediadas no município de Chapecó. A faixa etária de tal público compõe-se do seguinte modo: 03 (13%) pessoas com 14 anos; 08 (33%) pessoas com 15 anos; 04 (17%) pessoas com 16 anos; 07 (29%) pessoas com 17 anos e 02 (08%) pessoas com 18 anos. Sendo que dessas, 15 (54%) são do sexo feminino e 09 (46%) são do sexo masculino.

Quanto à construção de um Projeto de Vida, 05 (21%) jovens ressaltaram que ainda não possuem um Projeto de Vida definido. Desta forma, os outros 19 (79%) alunos, dentre a população pesquisada, responderam que já tem definido algo em relação ao futuro.

A população que respondeu “sim” a questão demonstrou ter a noção de que a construção de um projeto de vida refere-se ao planejamento do futuro trazendo a educação, o trabalho e a família como sendo um tripé para a construção de seu projeto de vida.
Dentre os 19 (79%) que demonstraram a existência de um projeto de vida pré-definido, 17 (70,8%) referiu-se à formação/graduação como algo relevante, entre esses, 11 (45,8%) mencionaram o desejo de freqüentar um curso de graduação específico, e 8 (33,3%) demonstraram dúvidas em relação ao curso que desejam freqüentar; a formação de uma família aparece como algo importante para 08 (33,3%) dos que responderam “sim” e 15 (62,5%) incluíram em sua descrição a preocupação com o trabalho/emprego.
Ainda dentre esses 19 (79%), apenas 3 (12,5%) referiram-se ao coletivo, percebendo que podem ajudar outras pessoas e que seu projeto também envolve e interfere na vida de outras pessoas:

“... Mais do que tudo ser muito feliz e fazer mais feliz ainda as pessoas que estiverem a minha volta.” (Questionário 04)
“... No meu futuro vou ser profissional qualificado e ensinando as pessoas que querem aprender.” (Questionário 10)
“Consiste em estudar bastante, conseguir bons empregos, sem precisar fazer mau a ninguém, consiste também em construir novos ideais, participando das minhas decisões e das decisões de toda a sociedade.” (Questionário 16)


3.1.1 Cidadania, Processo de Formação e Participação Social

No que se refere ao significado da cidadania, 12 (50%) alunos atrelaram a noção de cidadania à conquista e a garantia de direitos, sendo que, destes, 11 (45,8%) consideram que a cidadania também se encontra vinculada a questão dos deveres, avaliando que os deveres se concretizam numa categoria central da cidadania.
Alguns jovens ligaram o significado da cidadania ao ato de votar, o que demonstra que, para muitos indivíduos ou grupos sociais, a cidadania se limita aos direitos políticos, e desvincula-se do agir dentro dos direitos civis e sociais, conforme classifica COVRE (1999, p.11). Segue, abaixo, um exemplo desta afirmação:

“Para mim, todas as pessoas tem direito à cidadania, pois somos todos cidadãos com direitos e deveres. Mas. Muitos esquecem de exerce-la, pois acham indiferente o fato de poderem expressar sua vontade e opiniões através do voto, por exemplo”. (Questionário 02).

No que condiz ao ato de votar, este é apenas um dos elementos que compõe os direitos políticos. Identificou-se, na pesquisa, a necessidade de se aprofundar categorias centrais da cidadania, que não se sintetizam somente nos direitos políticos, civis e sociais e nos deveres que foram construídos como contrapartida, mas na compreensão acerca da forma como tais direitos e deveres vieram a fazer parte da vida das pessoas e da forma como eles acontecem concretamente.
Alguns pesquisados vincularam tal noção à participação social, que Demo define como sendo “um exercício da democracia”, relacionando-a à capacidade conquistada de envolvimento nas questões que dizem respeito à coletividade:

“Cidadania para mim são deveres e o direito das pessoas, que sempre são usadas para o bem da humanidade e não só para si próprio e sim em um conjunto em um todo” (Questionário 04).
“É o ato de expressar nossas decisões e opiniões em determinados assuntos e lugares. É ter o poder e o dever de decidir o futuro da sociedade (país, escola, estado, município, etc...)” (Questionário 16).

Um dos entrevistados demonstrou que entende a cidadania como algo distante, que não lhes convém; como o fazer e o pensar de grupos alheios:

“Seria pessoas ou grupos sociais que lidam com as causas da sociedade” (Questionário 11).
Outras categorias foram identificadas, tais como a de expressar opinião: “... é poder ouvir e ser ouvido. É opinar pelo que é melhor ou não para a sociedade.” (Questionário 03); igualdade: “Igualdade entre todos, ser cidadão” (Questionário 13); e solidariedade: “É ser uma pessoa solidária com a sociedade” (Questionário 15).
Tais definições de cidadania, segundo os pesquisados, tem como base estudos realizados na escola e/ou em outros espaços; vivências ligadas ao cotidiano das relações interpessoais e com a comunidade; a influência dos meios de comunicação (TV, Internet, revistas, etc); a experiência de participação em eleições e em atividades beneficentes. Percebeu-se que os elementos que compõe a definição que cada um possui acerca da cidadania, vinculam-se a maneira como tal definição foi apropriada. Alguns conceituaram a cidadania tendo como base as categorias divulgadas pela mídia; outros basearam-se em teorias estudadas; outros ainda ligaram a concepção de cidadania às pessoas que fornecem algum tipo de ajuda material à outras pessoas, pertencentes a grupos oprimidos. Em síntese, cada um construiu sua concepção a partir dos meios aos quais teve acesso.
No que se refere, especificadamente, à existência de conteúdos que tratem do tema Cidadania na formação escolar, 18 (75%) dos pesquisados responderam que tal assunto é mencionado esporadicamente e 06 (25%) alegaram que o tema é trabalhado com freqüência.

Os jovens pesquisados, de certa forma, possuem noção de algumas das categorias básicas da cidadania, no entanto, seria de fundamental relevância que a escola pudesse apropriar-se de forma mais marcante de tal tema, tendo em vista que a formação de cidadãos ativos favorece a construção de uma sociedade mais justa e voltada à concretização dos direitos humanos.
No que se refere ao nível de importância dado pelos sujeitos pesquisados, ao exercício da cidadania, todos os entrevistados definiram que cidadania é importante. Esses consideraram a cidadania como algo importante por favorecer a formação dos indivíduos; a formação da sociedade; a construção de uma sociedade melhor e por essa permitir a participação social.
A participação na eleição dos representantes políticos é um dos elementos que compõe o exercício da cidadania, no entanto, deve-se considerar que o exercício da cidadania, apesar de ser pensado por grande número de pessoas desta forma, não se restringe somente à escolha de governantes, ampliando-se para a conquista de direitos e deveres, inerentes a todas ás partes que compõe o todo social.
Os sujeitos da pesquisa, ao serem questionados em relação à importância da participação na eleição dos representantes políticos, posicionaram-se, em sua maioria, indagando que a participação nas eleições políticas tem grande implicância na definição dos rumos da sociedade.

Demonstraram, portanto, grande preocupação no que se refere às decisões que serão tomadas pelos representantes políticos e aos impactos que estas podem estar acarretando na sociedade. Tais pressupostos podem ser retratados nas respostas de alguns dos pesquisados:

“Importantíssimo. Pois são eles que irão nos representar e “dirigir” o país por nós. Eles são responsáveis para cuidar do país” (Questionário 03).
“Importantíssimo. Pois eles são que irão governar as nossas cidades, eles são como uma mãe que tem que cuidar de seus filhos” (Questionário 04).
“Importantíssimo. Porque são eles que vão fazer a diferença para melhorar ou piorar nossas situações” (Questionário 24).

Percebe-se que, de certa forma, uma consciência que identifica os sujeitos como “seres políticos”, portadores de um poder pautado não somente no direito de escolher os representantes políticos, mas no direito de optarem e posicionarem-se, de forma autônoma, diante das mais diversas problemáticas que afligem o contexto social contemporâneo.
Nas citações abaixo, também são identificados tais elementos, agora complementados por uma perspectiva que identifica a escolha de representantes que atendam, não aos interesses específicos, mas, a interesses do coletivo, assim como, o compromisso de todos na concretização das transformações sociais:

“Importantíssimo. Porque assim você vai tomar frente no futuro de seu país, colocando alguém em que você confie e que vá fazer um bom trabalho”(Questionário 17).
“Importante. Porque através dela decidimos o futuro de todos nós” (Questionário 13).
“Importante. Assim conseguimos definir as pessoas que irão nos representar nas câmaras; as pessoas querem cidadania e igualdade social, então devemos escolher os representantes que possam representar nossas idéias e mudar a vida do povo” (Questionário 10).
“Importantíssimo. Porque permite que eu expresse a minha própria opinião a respeito da política e participe do futuro desenvolvimento do país” (Questionário 09).

Outras afirmações possibilitaram a identificação de algumas categorias que fazem parte do exercício da cidadania, tais como direitos, deveres, democracia, justiça:
“Importante. Pois cada um de nós tem o direito de escolher quem vai governar nosso país, estado ou cidade” (Q7)
“Importante. Pois aí você poderá ou terá o direito de questionar sobre aquela liderança” (Q12)
“Importantíssimo. Porque é um direito meu” (Q 15)

No entanto, não se deve deixar de ressaltar que 1 ( 4,1%) dos sujeitos pesquisados considerou indiferente a participação na eleição dos representantes políticos:
“Indiferente. Porque político são pocos bons, o resto só pensa no salário no fim do mes” (Questionário 06).

O exercício da cidadania também pode ser identificado por meio da participação ou da realização de atividades em alguma entidade, movimento ou associação com fim social. No que se refere aos sujeitos pesquisados, a maioria declarou não desenvolver atividades relacionadas ao meio social. Apenas 25% dos pesquisados sinalizaram ter participado ou participar de atividades que envolvem a coletividade. Tais atividades estiveram ou estão relacionadas à participação junto a clubes, igrejas, comunidades carentes, grupo de jopvens. Apesar disso, 21 (87%) demonstraram preocupação com os problemas coletivos e apenas 3 (13%) responderam que não costumam pensar nas questões de natureza coletiva.

Quando os jovens foram questionados acerca dos problemas da sociedade moderna, estes realizaram várias menções, incluindo soluções que, ao seu ver, seriam mais viáveis. As problemáticas mais citadas centraram-se na questão das desigualdades sociais, violência e do meio ambiente. Para tais problemáticas são apontadas como soluções a melhor distribuição da renda, maior investimento na educação e a conscientização de todos:

“A desigualdade social, talves se a renda fosse mais distribuída, melhor distribuída” (Questionário 08).
“A desigualdade social, desemprego... a solução é a educação, porque sem estudo dificilmente se chega a algum lugar” (Questionário 20).
“Os maiores problemas da sociedade moderna são violência, fome, drogas e agressão ao meio ambiente. As soluções seriam maior conscientização dos jovens e sociedade em geral” (Questionário 11).

Junto com as desigualdades sociais, foram citados como problemas que afligem a sociedade moderna questões que envolvem o relacionamento interpessoal e sócio-político, tais como: a falta de respeito, o individualismo e a crise de valores; e questões que envolvem as relações sociais dos indivíduos, tais como: a corrupção, a pobreza, a miséria, as drogas.
Os problemas que envolvem o relacionamento entre as pessoas, na concepção dos pesquisados, seriam solucionados se as pessoas se percebessem como iguais, com direitos iguais e com deveres iguais e na tomada de consciência, individual e coletiva. Quanto às problemáticas mais inerentes às condições de vida da população, as soluções apontadas demonstraram que a eficiência na construção das resoluções deve partir das classes mais abastadas e, de forma central, das ações governamentais. Tais pressupostos, tendo como base, indiretamente, a falta de poder das classes subalternas, desresponsabilizam os indivíduos de exercerem a sua cidadania, lutando pela permanência e pela conquista de novos direitos, aliás, ao apontarem como solução os governos elaborarem projetos, percebe-se a não consciência de que os projetos governamentais são inspirados nas demandas identificadas dentro de determinada realidade e nas pressões populares, com vistas à garantia de direitos.
Outra situação que vale a pena ser ressaltada é que, 05 (20,8%) dos sujeitos entrevistados citaram como solução para vários dos problemas sociais seria maior investimento na educação, sendo que um deles citou como um dos problemas sociais a educação de baixa qualidade. Isso nos faz pensar que a juventude sabe muito bem o quanto vale uma boa educação para a construção de uma vida mais justa, tanto individual como coletivamente.
“Corrupção, educação de baixa qualidade e violência. Tudo pode ser resolvido se os políticos tiverem mais comprometimento e usarem o dinheiro público em benefício da população. A sociedade também deve estar presente, para cobrar melhores resultados dos políticos” (Questionário 16).

“Violência e ignorância. Ter mais respeito, compreensão e educação” (Questionário 13).

“Um dos maiores problemas da sociedade são as drogas, a forma com que eu penso deveria acabar com os problemas das drogas é ter mais ensino, mais incentivo, mais palestras, conselhos...” (Questionário 10).

“Hoje as pessoas não se respeitam mais, tanto no trânsito, quanto no trabalho, e às vezes, até na família. Problemas com classes inferiores são grandes e representativos na minha opinião a solução dos problemas, é um grande investimento na educação, formando pessoas cultas e educadas” (Questionário 02).

Quando questionados sobre as deficiências no seu processo de participação social, 25% dos sujeitos envolvidos na pesquisa ressaltaram não identificar deficiências em seu processo de formação ou não saber do que se tratava, sendo que 75% admitiram a existência de deficiências em seu processo de participação social que são caracterizadas pela falta de comprometimento com as questões que envolvem a coletividade. Cada sujeito vivencia um estágio diferente no reconhecimento das deficiências de participação, sendo que o reconhecimento de tais deficiências pode ser considerado como o primeiro passo para que o sujeito se construa como cidadão ativo, portador de direitos. Ao passo que, os sujeitos que não identificam deficiências em seu processo de participação, geralmente, são os sujeitos portadores das maiores deficiências.
A pesquisa também buscou listar as soluções que os jovens apontam para melhorar seu contexto pessoal e social. Alguns dos sujeitos pesquisados sugeriram uma preocupação e um envolvimento maior com as causas coletivas, por meio da conscientização, da modificação de conceitos adquiridos, do posicionamento diante das mais diversas problemáticas que envolvem o contexto atual, do desenvolvimento da percepção de que uma sociedade é construída por sujeitos que pensam em conjunto e que, logo, não devem centrar suas atenções somente para o âmbito particular:
“Se interessar pelos problemas do mundo, a maioria dos jovens mostram-se desinteressados pelo seu futuro, ou pelo futuro do mundo em que vivemos” (Questionário 01).
“Agindo em grupo” (Questionário 08).
“Participar dela ativamente, propondo mudanças, discutindo ações e pensar nas decisões que toma” (Questionário 17).
“Se conscientizar que sua participação é importante, encontrar novas maneiras de ajudar o lugar onde vivem, pelo menos e se envolver em projetos sociais e ambientais” (Questionário 19).
“Os jovens são o futuro da sociedade então acho que os mesmos deveriam estar sempre por dentro dos assuntos da sociedade e lutar pelos direitos que beneficiam a maioria” (Questionário 21).

Também se enfocou a formação de movimentos sociais; o combate à violência e ao tráfico; a participação em projetos sociais; o conhecimento da realidade e a educação como possíveis soluções:

“Estudar, pois é através dele que a sociedade se desenvolve” (Questionário 13).
“Estudar acima de tudo. Planejar melhor a vida. Arrumar um bom emprego e o resto é conseqüência das suas próprias ações, sejam elas boas ou ruins, a decisão é sua” (Questionário 20).
“Tomar consciência de que seu voto é importante e votar, participar mais de movimentos, ações, manifestações que abordam coisas de seu interesse e se organizarem para reivindicar de forma passiva pelos seus direitos e interesses” (Questionário 09).

Aqui destaco novamente o aparecimento do quesito educação como sendo um dos meios onde o jovem pode estar contribuindo para melhorar a sociedade onde vive. Essas respostas evocam uma atenção especial sobre o tipo de educação que os jovens estão buscando em nossas escola e a educação que os mesmos estão recebendo neste espaço. Vale a pena questionar se a educação que visa somente o preparo do jovem para os concorridos vestibulares realmente o ajudará a ser um cidadão preocupado com o bem da sociedade como um todo, preocupado com a coletividade?Percebeu-se, no contexto juvenil, uma realidade caracterizada por tentativas e por desistências. Parte dos jovens possuem consciência da importância do exercício da cidadania, das deficiências que acometem a sua participação social e dos elementos que podem construir uma sociedade mais centrada no bem-comum, no entanto, uma segunda parte dos sujeitos não tem interesse em ter uma participação ativa dentro da sociedade e não reconhecem possíveis deficiências, atribuindo a outrem a responsabilidade pelas transformações societárias.